19 de ago. de 2011

Certa vez, avistei um mar lindo, de águas turvas e aparente calmaria. Curioso, me embriaguei no seu interior aparentemente incerto, mas bruscamente revolto, e logo, enfrentei minha primeira tempestade. Pensando ser raras, me mantive na rota tentando desbravar seus caminhos, e mapeando os objetivos que tinha, mas os turbilhões insistiam em abalar a estrutura do barco.
Ancorei várias vezes com o receio de que o naufrágio fosse certo, mas a cada desistência o mal tempo se dissipava, e ao por meus olhos em você, de fãs indiscutíveis, nos embrenhávamos, eu e minha simples embarcação, dentro daquelo oceano, rico em diversidades, mas faltante em calmarias
Continuo amando sua voz e sua cor, mas com a estrutura toda enfraquecida cedi, contra a minha vontade, o espaço para que outro aventureiro, com um navegador de melhor condições, cruzasse o espaço. Sei que não decorará sua geografia, mas pode acalmar sua turbulenta e infinita beleza, e da varanda te observo e choro pelo nosso barco naufragado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário